A duas semanas da volta da Libertadores, qual a situação da pandemia na América do Sul? Como a Conmebol pretende minimizar os riscos de infecção com tantos deslocamentos e em áreas de diferentes estágios de contágio? Quem já voltou a jogar? As respostas são variadas. Mas o surto no Boca Juniors deu um indício.
O ge traz um panorama de cada um dos 10 países da América do Sul em relação à pandemia do novo coronavírus e ao momento dos clubes. Os 14 jogadores com registros positivos no Boca Juniors na última segunda-feira ligam o sinal de alerta e evidenciam: os números do continente ainda preocupam.
Segundo dados da Universidade Oxford, seis países da América do Sul estão na lista dos 10 que registram, no momento, as maiores taxas de óbitos por milhão no mundo: Colômbia, Bolívia, Argentina, Peru, Brasil, que formam o Top-5, e o Chile, em nono. Essas nações estão com média móvel – dos últimos sete dias – entre 2,93 e 5,75.
Como comparação, a Espanha chegou a registrar média móvel de 18,5 mortes por milhão no início de abril. Mas o futebol só voltou no país quando esse número estava abaixo de 1. Dois presidentes de confederações sul-americanas morreram vítimas da Covid-19: o boliviano César Salinas e o venezuelano Jesús Berardinelli.
Para a médica Fátima Marinho, do Instituto de Estudos Avançados da USP, o continente sul-americano ainda tem regiões com curvas de contágio ascendentes.
– Estamos com uma expansão grande na América do Sul. Se você pensar em média, temos o Brasil em um platô alto, agora começando a declinar, o Peru em um platô alto, relativamente maior, e por um tempo maior. A Colômbia está subindo, assim como a Bolívia e Argentina – diz Fátima.
“Brasil, Chile e Peru estão estabilizados em valores altos, mas com tendência de declínio, que vai levar pelo menos uns três meses”, avalia a especialista.



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