“Acho que ele (Verón) ficaria orgulhoso. Acho que consegui desempenhar o futebol que venho trabalhando e acho que eu honrei o nosso nome”, diz Gabriel Veron, sem acento no ‘o’.
A louca relação de seu nome com o pedido do vizinho tem explicação. O fã de Verón sempre quis ter um filho homem. Teve três filhas. Quando a mãe de Gabriel, Gracielly Silva, engravidou, ele não hesitou: pediu aos pais da criança para que seu desejo fosse realizado.
Assim o atacante do Palmeiras e da seleção brasileira sub-17 ganhou o nome do ex-jogador do Manchester United, Inter de Milão e Estudiantes. E agora, com 17 anos, diz que gosta da homenagem, embora seus arranques e dribles rápidos sejam diferentes da técnica e passes refinados do argentino que tem o nome original.
– Gosto muito. Vou honrar como ele honrou. Já vi vídeos, no Youtube, mas nunca consegui ver ao vivo. Era muito bom jogador – comentou o jovem atacante.
Mas para levar o nome Veron à camisa 7 da seleção brasileira levou um tempo. O jovem precisou ser encorajado pela família, especialmente pela mãe e tios, a acreditar que tinha chance no futebol. Seu desejo mesmo era ter a carreira do pai: vaqueiro.
– É a vida do meu pai. Ele é vaqueiro. Ele cuida de vaca, cavalo, ele trabalha na roça. Tentei ser vaqueiro junto com ele, só que nunca consegui. Minha mãe sempre me apoiava a vida no futebol, porque tem mais futuro, né? Com certeza. Fui tentar ser jogador e agora estou aí, na luta – comenta o versátil Veron.
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